O programa Superstar, da Rede Globo, teve sua 3ª edição
esse ano. Como era de se esperar, apareceram diversas bandas nunca antes vistas
pelo público, apesar de sempre contar com algumas já conhecidas por um pequeno
grupo. Foi o que aconteceu com a banda Tianastácia, que na verdade tem uma base
grande de fãs. Porém, tirando essas exceções, vamos ao que interessa.
Os reality shows estão
mais populares do que nunca. Essa tendência já vem se confirmando há um bom
tempo. Podemos listar alguns que são sucesso em audiência na TV aberta: Big
Brother Brasil, The Voice e MasterChef Brasil. Sem contar os inúmeros reality shows presentes nos canais
fechados. Tem para todos os gostos, desde sobrevivência na selva até concurso
de culinária.
A proposta do Superstar é trazer bandas pouco ou nada
conhecidas pelo público e colocá-las em uma competição. Alguns jurados famosos dentro
do cenário musical dão seus votos e o restante é o público de casa quem decide.
Pois bem, a importância do programa parece óbvia no primeiro momento: Dar
oportunidade àquelas bandas que sobem ao palco. Mas quero ir um pouco além.
Não se trata apenas das bandas que são selecionadas para
participar, pois há milhares delas tentando ganhar seu espaço no país, sem
muito sucesso. Seria culpa delas próprias porque não têm competência o
suficiente para serem conhecidas? Em grande parte, eu diria que sim. Só que há
muitas outras que fazem um excelente trabalho e não conseguem alcançar um
número significativo de pessoas.
Ainda hoje, mesmo com a força que a internet alcançou,
facilitando que artistas independentes ganhem reconhecimento, para alcançar o
sucesso é necessário estar presente nas mídias de massa. Mas observamos que,
entra ano e sai ano, as grandes emissoras preferem chamar sempre os mesmos. O
ponto que quero chegar é o seguinte: se o público não conhece coisas novas,
como pode gostar de coisas novas?
Apresentando novas bandas, como o Superstar está fazendo,
o telespectador se toca que há muitos outros artistas bons espalhados pelo
Brasil. Tendo isso em mente, fica mais fácil que as pessoas deixem o comodismo
e procurem na internet outras opções. É muito fácil se deixar influenciar pela
onda e escutar sempre aquelas mesmas duplas de sertanejo universitário, com as
mesmas letras e acordes. Não estou dizendo que um gênero é melhor que o outro, estou
apenas dando um exemplo do que vem ocorrendo. Portanto, apresentar esses
artistas na emissora de maior audiência do Brasil é algo que vai além de uma
disputa num programa de reality show .
E você? Acha que o programa influencia em alguma coisa? Deixe sua opinião nos comentários.
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